Origem laboratorial do vírus chinês ganha manchetes na grande mídia

Três cientistas do Instituto de Virologia de Wuhan, na China, tiveram sintomas de peste chinesa em novembro de 2019, de acordo com um relatório não-divulgado da inteligência dos EUA ao qual o The Wall Street Journal teve acesso.

A reportagem do WSJ foi publicada no último domingo (23) e foi a primeira da grande imprensa a admitir que a teoria de que o vírus saiu de um laboratório está longe de ser “conspiração da extrema direita.”

Desde o ano passado, no entanto, a mídia alternativa vem travando uma batalha contra Big Techs e grandes conglomerados de mídia quando o assunto é a peste chinesa. Em meados de 2020, qualquer um que ousasse afirmar que o vírus chinês teve origem no laboratório de Wuhan, seria sumariamente censurado, calado e “etiquetado” como propagador de fake-news, negacionista da ciência e teórico da conspiração.

Agência Lupa, Estadão Verifica, Aos Fatos, Folha de S.Paulo e demais estados-membro da Checolândia correram para produzir textos com as provas incontestes de que o vírus teve origem natural. A ciência falou, cale sua boca e deslogue seu Twitter.

Foi nesta época que o jornalista Glenn Kessler, do Washington Post, “lacrou” em cima de um tuíte do senador Ted Cruz que questionava um vídeo de “checagem de fatos” do jornal. O vídeo afirmava peremptoriamente que o vírus tinha origem na natureza.

“Temo que @tedcruz não tenha visto a animação científica do vídeo que mostra como é virtualmente impossível que este vírus tenha saído de um laboratório. Ou as entrevistas com cientistas de verdade. Lidamos com fatos e os espectadores podem julgar por si só.”

No mesmo domingo em que o WSJ publicou a reportagem que citamos no início deste artigo, Kessler teve que enrolar sua “checagem de fatos”, temperá-la com sua arrogância e engolir tudo à seco, admitindo que sua visão política atrapalhou sua objetividade.

Em artigo intitulado “Linha do Tempo: Como a teoria do vazamento do laboratório de Wuhan de repente se tornou confiável”, Kessler escreveu que “as mensagens do governo Trump costumavam ser acompanhadas por uma retórica anti-chinesa que tornava mais fácil para os céticos ignorar suas afirmações.”

Como um jornalista não se envergonha em admitir que “em alguns casos, informações importantes estavam disponíveis desde o início, mas geralmente eram ignoradas”?

O cidadão checolander, no entanto, comete o mesmíssimo erro de descartar uma teoria – a de que o vírus pode ser uma arma biológica – para explicar o motivo que o fez desacreditar a alegação da origem laboratorial da peste chinesa.

Segundo o beócio, as teorias de vazamentos de laboratório “frequentemente se misturavam com especulações de que o vírus foi deliberadamente criado como uma arma biológica.”

Será que nem o tabefe que a realidade deu nas bochechas rosadas de Kessler o farão perceber o quanto sua visão de mundo custa à sua credibilidade e, talvez, sua sanidade?


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