Tem um tipo de gente tão chata, mas tão chata, que deveria mudar logo o nome para "Anésia", a personagem das tirinhas que, com sinceridade alemã, destrói qualquer argumento dos xexelentos de plantão. A pandemia aumentou a chatice dessa galera, que não para de reclamar - sem ter muita possibilidade de sumir, já que tudo, agora, ficou dentro do "home", inclusive os malas de plantão.
É o neto chato, é a vizinha chata, é o casal que transa muito alto chato - tudo é chato. Só o chato, ele ou ela, é que não se sente chato de reclamar o tempo todo, por tudo de errado que acontece.
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Dá para entender esse tipo de chato? Dá: que vontade de sair às ruas para tomar o chope diferenciado de quem só quer discutir um pouco de política internacional e costumes arrojados, após ver o filme iraniano em cartaz, MAS... não dá. A pandemia não deixa.
Claro, se você fosse negacionista, poderia mandar um basta e ir procurar a sua turma, MAS... geralmente os chatos que acham que tudo é chato morrem de medo do vírus, e ficam em casa, para "não morrer".
Em geral não morrem - velho chato não morre tão facilmente; sim, porque o ideal não é chamar essa gente de chata, mas de "velha", envelhecida pelo tempo, e pela recusa em admitir o mundo como um lugar no qual pessoas falhas vivem cometendo erros o tempo todo, com você ou com os outros.
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O velho chato não aceita o mundo como sendo feito de gente imperfeita - por isso acha tudo chato, e por esse motivo os outros o chamam de velho, eufemismo para não dizer o que essa pessoa é de verdade.
Chato. Velho - e exigente demais nas suas exigências, e chatices.
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Bem que esse escriba gostaria que o mundo todo tivesse a sinceridade alemã - mas não tem. Holandês é o tipo que ofende alguém no trabalho e vai tomar cerveja com ele, separando o ponto A do ponto B.
Brasileiro, não.
Ofenda o cara, uma vez só, e terás um inimigo - para o resto da vida. Alguns até gostam, de tão chatos - e velhos por dentro - que são
Ou sempre foram.
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De tudo, só resta um conselho, básico.
Não seja chato. Envelhece.
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