Sobre a capacidade de pensar assim
Caríssima,
em devaneios novos admiro
a grandiosa capacidade de ser
escritor.
Em devaneios novos me assombro
quando vejo aquilo que sinto
passar para o papel,
e tornar-se vivo e pulsante,
como os dias que se passam,
firmes, flamejantes,
como a luz de um novo sol
que irradia a luz da vida,
que nos faz sentirmos-bem.
Caríssima,
novas fontes admiro,
em novos tempos me espanto,
em novas vidas eu espero,
penso em tudo, num suspiro,
espero a vida, com o tempo,
dar-me um pouco de sossego,
consumir-me por completo,
trazer-me um pouco de vontade,
de virtude, de saudade,
completando o que é incerto,
traduzindo o que é sincero,
compreendendo o que é a paz.
Caríssima,
em devaneios novos anuncio
a verdade de um novo ser.
Pois caríssima,
novos devaneios virão para mim.
Novos desafios virão assim.
E, enquanto eles vem,
em devaneios novos anuncio
a nova vida que tenho em mim.
fps, 30/04/96
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