Poesia

Loucura e matança

 

Muitos matam todos os dias, à procura de dinheiro.

Muitos matam todos os dias, por falta de esperança.

Muitos matam todos os dias, por briguinhas pessoais.

Muitos até mesmo se matam, por não suportar a si mesmos.

E como matam! E muito matam!

Os hospícios estão cheios (e vão lotar ainda mais),

mas outros loucos estão à solta.

Loucos que não babam,

não gritam,

não andam nus pelas ruas,

nem mesmo falam sozinhos

ou agem de maneira estranha.

Mesmo assim, loucos estão,

e, infelizmente,

ninguém vê.

 

 

Depois ainda acham que o louco sou eu.

 

FPS, 06/12/1995

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